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Professores solicitam o adiamento das aulas presenciais e ameaçam entrar em greve

  • boletimserrano
  • 12 de nov. de 2020
  • 2 min de leitura

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Sindicato dos Educadores de Sergipe (SINTESE), solicitou, por meio de ofício, que o Governo de Sergipe adie a retomada das aulas presenciais que está prevista para o próximo dia 17 de novembro. Existe a possibilidade de greve dos professores nos dias 16 de novembro. Segundo o SINTESE, o ofício alerta que os motivos para o pedido adiamento se justificam pela falta de obras estruturais na "maioria esmagadora" das escolas estaduais que adequem os prédios para as normas sanitárias previstas pelo governo; pela falta de servidores administrativos para executar os protocolos sanitários, que como se sabe, são necessários para conter a disseminação da Covid 19 e assegurar a limpeza, higienização e sanitização dos ambientes; e a compra insuficiente de materiais de limpeza e higienização, uma vez que, segundo o SINTESE, o governo realiza a compra sem considerar o tamanho das escolas.

Outra preocupação apontada pelo SINTESE é em relação as eleições municipais, que serão realizadas no próximo dia 15 de novembro. As escolas, como sempre, servirão de colégios eleitorais e com isso centenas ou milhares de pessoas (contaminadas ou não) utilizarão os prédios escolares. Mesmo diante deste fato, não há por parte dos gestores da SEDUC um plano para a desinfecção das escolas estaduais, e mesmo que houvesse, seria impossível a higienização de todas as escolas em apenas um dia, já que as aulas estão previstas para ter início no dia 17 de novembro.


“O que estamos vendo é uma tentativa de retorno atabalhoada e sem planejamento por parte do Governo do Estado e da SEDUC. Para se ter uma ideia, até a presente data, apenas algumas poucas unidades de ensino criaram a ‘Comissão Escolar de Fiscalização das Medidas Sanitárias’ para garantir o retorno seguro das aulas presenciais, com a participação dos professores, estudantes, pais, mães e dos servidores técnicos-administrativos. Para além da falta de planejamento, falta diálogo e falta bom senso por parte do Governo do Estado. O fato é que a pandemia ainda não acabou e não seguir protocolos significa colocar vidas em risco”, preocupa-se a presidenta do SINTESE, professora Ivonete Cruz.


De acordo com o SINTESE, não houve diálogo com o Sindicato nem com os professores e diretores sobre o Plano de Retomadas das Aulas Presenciais, o que tornou todo o processo de retomada as aulas "complexo e penoso".


O Sindicato reivindica a testagem em massa de COVID-19 em todos os professores e estudantes da rede estadual, e que as aulas sejam suspensas a fim de que o Governo do Estado possa assegurar  que todas as escolas estaduais serão  devidamente desinfetadas, conforme os protocolos sanitários regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)

“Solicitamos ao governador Belivaldo Chagas uma audiência, em caráter de urgência, para que sejam planejadas e adotadas, o quanto antes, medidas governamentais em defesa da vida de professores, professoras, estudantes, diretores de escolas, coordenadores e dos servidores da área administrativa da educação. Medidas que evitem um surto de Covid 19 e contaminação em massa com a retomadas das aulas presenciais. Aulas podem ser repostas, vidas não”, enfatiza a presidenta, professora Ivonete Cruz.


Com informações do Sintese

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