Guedes diz que auxílio emergencial pode voltar se vacinação fracassar, mas medida exigirá sacrifício
- boletimserrano
- 26 de jan. de 2021
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O Ministro da Economia, Paulo Guedes, reconheceu nesta terça-feira (26) a possibilidade de o auxílio emergencial voltar caso o número de mortes por coronavírus continue crescendo no país e o governo fracasse na vacinação da população. Mesmo assim, ele ressaltou que esse cenário só se configuraria caso "o pior aconteça ".
Guedes defendeu responsabilidade para se analisar a questão e disse que é preciso verificar se o aumento recente de casos de covid-19 foi um reflexo pontual festas de fim de ano. Ele traça atualmente dois cenários possíveis.
Em caso de queda na pandemia, a agenda econômica seria avançar com as reformas que estão no congresso é. "Se a pandemia descer, a vacinação em massa ocorrendo, e a economia voltando à normalidade, devemos estar de volta as reformas estruturais", disse No evento do Banco Crédit Suisse.
"Se a pandemia se agravar e continuar 1500 mortes por dia, a vacina não chega, se falhassemos miseravelmente nas vacinas... Que não acredito porque o ministro da saúde tem capacidade de logística".
Nesse segundo caso, de agravamento da pandemia, reconhece a possibilidade de recriar o auxílio, mas de forma aprimorada. "Vamos observar. Caso o pior aconteça, se a doença volta, como compatibilizar uma coisa com a outra [pandemia e responsabilidade fiscal ]? Bom, temos o protocolo da crise [ medidas de 2020 ], aperfeiçoado agora ", afirmou.
Guedes ressaltou que um novo auxílio exigiria sacrifícios do país e defendeu como contrapartida medidas como o congelamento de verbas para saúde e educação e de salários de servidores públicos. "Não é só pegar o dinheiro e sair correndo. Tem que fazer todo o sacrifício", disse o ministro.
"Quer criar o auxílio de novo? Tem que ter muito cuidado, pensa bastante. Se fizer isso, não pode ter aumento automático de verbas para educação e segurança pública, porque a prioridade passou a ser a guerra [contra a Covid]. Pega as guerras aí para ver se tinha aumento de salário, se tinha dinheiro para saúde e educação. Não tem, é dinheiro para a guerra", disse.
POR FOLHA DE SÃO PAULO
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