Gastos com apagão no Amapá serão divididos com todos os consumidores do País na conta de luz
- boletimserrano
- 13 de nov. de 2020
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A conta de luz do consumidor ficará mais cara. Isso porque parte das despesas para socorrer o fornecimento de energia no estado do Amapá serão dívidas entre todos os consumidores do Brasil.
Os custos serão embutidos na conta de luz por meio de impostos, através do Encargo de Serviços do Sistema (ESS).
Esses impostos arrecadados serão usados para contratação emergencial de usinas térmicas, para o restabelecimento do serviço de energia do estado, quem vem sofrendo com a falta de luz elétrica desde a semana passada por consequência de um incêndio na subestação Macapá. O incêndio ocasionou o desligamento da linha de transmissão e das usinas que abastecem a região
O valor do imposto será calculado após o contabilidade total da quantidade de energia, do tempo que esse acionamento será necessário e do custo do combustível que será usado pelas usinas.
A medida está prevista na portaria publicada pelo Ministério de Minas e Energia na última sexta-feira, 6. Diante da situação de calamidade pública no Amapá, o governo federal deu aval para a Eletronorte, subsidiária da Eletrobrás, atuar no restabelecimento do serviço. O ministério autorizou a empresa a contratar “de forma célere, excepcional e temporária” até 150 MW por até seis meses ou quando houver reconhecimento de condição satisfatória de atendimento ao Estado.
Segundo o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nivalde de Castro, o encargo é usado como um “curinga” para quando há necessidade de atendimento emergencial. “É uma medida, do ponto de vista legal e energético, correta. O custo é muito alto, mas é rateado entre todos os consumidores. O Estado está há muito tempo sem energia elétrica, então, faz sentido essa decisão”, afirmou.
Tainara Paixão com informações do Estadão
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