Entidades Estudantis repudiam e realizam manifestação contra nomeação de reitora interina na UFS
- boletimserrano
- 24 de nov. de 2020
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Após nomeção realizada pelo Ministério da Educação (MEC) da reitora interina Liliádia Barreto na Uiversidade Federal de Sergipe (UFS), entidades estudantis manifestaram repúdio e realizaram na manhã desta terça, 24, manifestações contra a intervenção por parte do Governo Federal na Universidade.
A tarde, Liliádia Barreto foi oficialmente empossada.
Entenda o contexto
Participaram da manifestação ADUFS, SINTUFS, DCE, professores e estudantes, que reivindicam autonomia e a defesa da democracia na Universidade. Eles também defendem a Consulta Pública que foi realizada entre dezembro 2019 e agosto desse ano, e que recebeu os votos de 2053 estudantes, 683 docentes e 414 trabalhadoras e trabalhadores técnico-administrativos, elegendo a chapa composta pelos professores André Maurício e Rozana Rivas, recebeu 64% dos votos válidos.
Em junho desse ano o reitor da UFS, Angelo Roberto Antoniolli, assinou uma portaria convocando um Colégio Eleitoral Especial, a fim de proceder à eleição de lista tríplice dos nomes para escolha do reitor e vice-reitor, que foi encaminhada ao presidente da República,
O resultado da votação foi: Valter Joviniano de Santana Filho – com 37 votos, André Maurício Conceição de Souza – com 30 votos, Vera Núbia Santos – com 9 votos, Denise Leal Fontes Albano – com 5 votos e Valter César Pinheiro- com 1 voto.
Estudantes, professores e funcionários acusam o então reitor, Angelo Antoniolli, de não consultar a comunidade acadêmica e que a Consulta Pública não foi respeitada.
O MEC interrompeu a nomeação após o Ministério Público Federal (MPF) abrir inquérito para apurar a denúncia de irregularidade, que foi feita pelo Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação da UFS (Sintufs), Associação dos Docentes da UFS (Adufs) e Diretório Central dos Estudantes (DCE), e o então mais votado, Valter Joviniano, foi afastado, culminando a intervenção por parte do MEC.

Segundo o SINTUFS "a sanha golpista da administração da UFS nos levou a esta situação, pois ao passar por cima da comunidade e dos conselhos para eleger seu sucessor, o atual reitor colocou toda a universidade sob o risco de uma intervenção, que se concretizou".
De acordo com o presidente da ADUFS, professor Airton Paula Souza, “essa intervenção é consequência de uma postura autoritária do ex-reitor da universidade, que buscou deslegitimar todo o processo da consulta pública”.
O dirigente sindical lembrou que, por diversas vezes, houve denúncia ao método adotado pelo então reitor Angelo Antoniolli de tentar realizar um processo sucessório sem consulta aos professores, estudantes e servidores técnico-administrativos.
Tainara Paixão
Jornalista
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